Família, boa culinária e amor – A receita mais famosa do Bar que completa 40 anos, em Pedro Leopoldo

Família é uma das coisas mais maravilhosas da vida da gente. Herança de vida então, nem se fala! Os bens materiais que por ventura a gente herda da parentada podem vir de bom grado, mas o que nos enche de orgulho mesmo é o que a gente herda de caráter, vontade, dom e traquejo. É ver em nós e em quem vem depois, as características e traços de quem veio antes. Meu velho avó já dizia quando via um filho ou neto tendo atitude parecida com a sua “quem herda não rouba!”. E com Flávio Lopes é assim. Flávio herdou o carisma e a simpatia do avô, além da vontade incessante de trabalhar bem.

Num papo com ele, depois de muito marcarmos e desmarcarmos exatamente pelo comprometimento dele com o negócio e novas formas de trabalhar durante a pandemia, propus que me contasse a história do avô. O ADELSO de Pedro Leopoldo. E ele contou detalhes de quem sabe muito bem de onde veio e mira com muita firmeza para onde quer ir. Hoje, junto com o pai e o irmão, Flávio gerencia o Bar do Adelso e é justamente essa história que vamos contar.

Como nos orgulha ter em nosso território do Circuito das Grutas, por 40 anos o Bar do Adelso com todas as suas tradições, reviravoltas, idas, vindas, comida gostosa, ambiente aconchegante e histórias! Lá está a sua imagem, estampada no bar com a frase que traduz tudo o que essa família representa para Pedro Leopoldo e nossa região: AMOR.

À beira da linha da Estação de Pedro Leopoldo está o Adelso. Num local que já foi escola, já foi açougue, já esteve, foi e voltou para as mãos da família. Justamente por causa do lugar onde está, funcionava ali antes do Adelso alugar o cômodo, o Bar Beira Linha.

O primeiro proprietário foi o Jairo Marcelino, depois foi para as mãos do Cleibert, seu irmão, e depois para o “Seu Dico”.

Flávio me conta que em 1980 suas tias Rosângela e Luciana resolveram casar na mesma época e seu avô deu de trabalhar dobrado para bancar a festança do casamento duplo das filhas. Comprou o Bar com o imóvel e tudo, pediu Cristina Borges uma grande panela de ferro fundido, colocou na porta e começou a assar as disputadas picanhas para servir aos clientes. Na época, o Panelão, como o bar passou a se chamar, começou a servir o famoso Mexidão que reina absoluto no cardápio até hoje.

Adelso trabalhava com a ajuda dos filhos Roberto, Rogério e Pedro. Mas sabe como é, filhos crescidos, criados pro mundo… e lá foram eles fazer faculdade, o que tanto orgulhava o pai. Porém, tocar o bar sem os filhos ficou meio apertado e Adelso arrendou para o Zezé que já era seu funcionário. Passado um tempo, Zezé saiu e passou o bastão para o Silvânio e sua mãe. Esses inovaram o cardápio e as atrações, colocando inclusive música ao vivo. Ainda na sequência, vieram Verônica e Belisário que o Flávio faz questão de me dizer que “fizeram uma ótima administração.”

Essa dança das cadeiras no bar aconteceu até 89. Já tinha dado tempo do Roberto estudar, trabalhar em outra empresa e… voltar seguir a tradição da família. Junto com o pai, retomaram a administração do bar e em 1990, surge oficialmente o “Adelso” após a primeira das outras reformas no ambiente que vieram a seguir. Não satisfeitos em oferecer a comida de melhor qualidade no bar, começaram a oferecer a churrascada a domicílio, levando toda a experiência e afeto no modo de fazer e servir comida para a casa e eventos das pessoas.

Quem não se lembra do Bar do Adelso lotado no início dos anos 90? Não era só final de semana, era qualquer noite… a gente passava ali e era o ponto de encontro da cidade. Um sucesso, que atraia – e ainda atrai -visitantes de toda a região. Muito casamento começou por ali, nas paqueras em frente ao Adelso…

A conversa fica mais séria quando Flávio me conta que no dia 21 de dezembro de 93, com tudo preparado para mais uma festa de fim de ano em Belo Horizonte: Buffet arrumado, carro carregado, vontade e animação com o sucesso dos negócios que iam de vento em polpa, seu avô resolve partir. Adelso faleceu num dia em que ia fazer o que mais gostava junto com seu filho. O Flávio relembra como este foi um momento difícil para a família que ficou de luto durante uma semana mas que com vontade e toda aquela herança de garra e união que falamos lá em cima, reabriu as portas uma semana depois. Como Adelso gostaria que fizessem, certamente.

Em 2004 em uma das reformas do estabelecimento, a imagem do patriarca foi colocada em um ponto especial do bar com a frase “Amor da minha vida”. É mais que decoração, é uma declaração de tudo o que a gente encontra quando vai lá e vê a família seguindo em frente colocando muito mais que ingredientes comuns nos pratos: eles colocam “amor da vida”. Amor de família, amor de vontade, amor de coragem e de tradição. Flávio e Robertinho seguem firmes na herança do avô e junto com o pai tocam o empreendimento com um profissionalismo invejável.

Ouvindo toda a história dos 40 anos do Bar, contada pelo Flávio, a gente tem certeza que ir ao Adelso é mais que ir a um restaurante. Lá, aquela frase clichê “minha família servindo a sua família” tem um sabor diferente. É tão real que dá vontade de retornar sempre para recarregar o estômago e a alma.

Quem conhece, sabe do que estamos falando. Quem não conhece… vá Circuitando por aí! e programe-se. Certamente você vai confirmar tudo isso e vai sair de lá saciado do que há de melhor: comida boa e amor (d)a vida!

 

Por Narly Simões

SERVIÇO:

Endereço: Rua Dr Rocha , 1133 – Centro – Pedro Leopoldo – MG – Fone: 31 3661-1337

Facebook: /adelsobuffet

Instagran: @adelsobuffet

Site: adelsobuffet.com.br

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