CONTEXTUALIZANDO: ESTRADA REAL DO SUMIDOURO
Geograficamente, a região de Quinta do Sumidouro situa-se no ponto de convergência dos caminhos da Bahia, do Caminho Novo (do Rio de Janeiro) e do Caminho Velho (de São Paulo). Como elo de conexão desses caminhos, apresentava-se em grande potencial, o eixo do Rio das Velhas, facilmente navegável durante os séculos XVIII e XIX. A região se beneficiou diretamente dessa estrada natural, que se conectava principalmente aos centros comerciais como Sabará, Rio de Janeiro e Salvador, servindo de escoamento para a produtividade local que na época se apresentava em alta, considerando a extração de ouro e as várias fazendas dessa área. A partir de uma planta datada de 1773 propondo fortificação a ser construída na região visando o controle por parte da Coroa Portuguesa do transito de riquezas e contrabandos, foi identificado o termo Estrada Real do Sumidouro em sua legenda. O Forte seria construído entre o Rio das Velhas e esta estrada e segundo historiadores, em uma das curvas do Rio das Velhas, na região da Quinta do Sumidouro. Não se tem vestígios da construção do mesmo, porém trata-se de importante registro sobre os chamados Caminhos Reais.
PROJETO DE SINALIZAÇÃO ESTRADA REAL DO SUMIDOURO
O projeto de sinalização foi idealizado pelo Parque Estadual do Sumidouro e realizado em parceria com a CEMIG a partir de instalação da Linha de Transmissão CEMIG/ Pedro Leopoldo- Jaboticatubas, além de apoio do Projeto Manuelzão/UFMG e das Prefeituras Municipais de Pedro Leopoldo e Lagoa Santa.
Compreendeu trecho onde se localizam fazendas históricas Fidalgo, em Lagoa Santa, e Jagoara Velha, em Matozinhos, o sitio histórico tombado pelo IEPHA em 1975 com a Casa Fernão Dias e a Capela Nossa Senhora do Rosário na Quinta do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, além da Gruta da Lapinha e comunidades do entorno e zona de amortecimento do PE do Sumidouro.
O conteúdo presente nas placas apresentou uma identidade para a Estrada Real do Sumidouro com a criação de um logotipo e enunciado “Caminho Tropeiro Século XVIII”. Foram apresentados conteúdos relativos a placas de boas-vindas às comunidades, identificação de patrimônios históricos e turísticos, pontos de informações turísticas, alertas para trânsito de ciclistas, pedestres e animais, além de indicações de sentidos entre Mocambeiro, em Matozinhos e Fazenda Fidalgo, localizada na região da Lapinha em Lagoa Santa
Na Casa Fernão Dias, em Pedro Leopoldo, local de uma das portarias do parque, foram instalados três conjuntos de painéis com a contextualização da Estrada Real do Sumidouro e seu histórico, reprodução de mapas antigos, além de trechos do Diário de D. Pedro II em sua viagem a Minas Gerais ocorrida em 1881, onde descreve paisagens, fazendas antigas e visitas a Lagoa Santa e grutas da região.
O projeto de sinalização descortina uma série de riquezas culturais e naturais de importante território vinculado ao início da formação de Minas Gerais e local de importantes descobertas da ocupação do homem no continente americano. O trecho abrange também um conjunto de Unidades de Conservação estaduais além do Parque Estadual do Sumidouro, como os Monumentos Naturais Varzea da Lapa em Lagoa Santa, Vargem da Pedra e Experiência da Jaguara, em Mocambeiro na cidade de Matozinhos, onde também se localiza o Parque Estadual Cerca Grande, atualmente em fase de implantação pelo Instituto Estadual de Florestas.
Destaca-se a ação como indutora de desenvolvimento sócio-econômico do território abrangido e localizado no Circuito Turístico das Grutas, com foco na valorização do patrimônio natural e cultural associado ao fomento de atividades econômicas associadas ao turismo.
CONTATOS E AGENDAMENTOS
Gruta da Lapinha e Parque do Estadual do Sumidouro
Lagoa Santa-MG
(31) 3689-8592
E-mail: agendamentopsumidouro@gmail.com
Gruta do Maquiné
Cordisburgo – MG
(31) 3715-1336
E-mail: mario.oliveira@meioambiente.mg.gov.br
Gruta Rei do Mato
Sete Lagoas – MG
(31) 3775-2695
E-mail: mrreidomado@meioambiente.mg.gov.br