Valor Científico

O Carste Lagoa Santa constituiu-se no berço da Paleontologia, da Arqueologia e da Espeleologia brasileiras, graças aos estudos iniciados por Peter Lund.

Nas cavernas presentes no Cerrado Lund encontrou vários fósseis humanos e de mamíferos extintos que viviam na região dentre eles o Tigre Dente-de-sabre e a Preguiça Gigante, animais que provavelmente conviveram com o homem na região do carste, conforme estudos recentes.

Lund enviou mais de 200 cavernas , visitando localidades como o Maquiné, Lapinha e Cerca Grande, e enviou para a Europa cerca de 50 volumes enormes repletos de ossadas.

Em 1843 encontrou na região vestígios de homens pré-históricos, cujos estudos definiram as características daquele que ficaria conhecido posteriormente como o Homem de Lagoa Santa. Após isso, alegando falta de apoio e verbas, Lund parou de escavar. Nos 30 anos subsequentes, dedicou-se a catalogação do seu acervo. Devido a sua saúde frágil, resolveu não voltar à Europa permanecendo em Lagoa Santa pelo resto da vida.

Em 1975, uma missão chefiada pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire (1917-1977) descobriu Luzia, esqueleto humano de cerca de 11.500 anos, legítima representante do Homem de Lagoa Santa, próximo à Lapa Vermelha IV (Pedro Leopoldo), assinalando uma mudança nas teorias de ocupação da América. Antes se pensava que os primeiros habitantes a povoarem o continente eram originários da Ásia, no entanto, os trações negroides de Luzia levantaram a hipótese de uma migração anterior de povos semelhantes aos africanos ou aos aborígenes australianos. Tal esqueleto é o fóssil mais antigo já encontrado nas Américas.

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