Sabe aqueles lugares maravilhosos que a gente sempre ouviu falar mas ainda não teve curiosidade de ir até lá? Talvez por aquela velha frase “santo de casa não faz milagres”, ou pela cômoda afirmação de “uma hora eu vou, tá ali mesmo…” mas a hora de ir não chega? Ou que a gente já foi uma vez e pensa que não vai ter mais novidade na volta? Aí a gente viaja prá longe, embarca num avião e vai ver outras maravilhas a quilômetros de distância da nossa casa. De repente descobre que tem gente que também viaja quilômetros, faz o caminho inverso e vem de longe para conhecer nossas belezas que estão logo ali, ao nosso alcance, a poucas horas de casa.
Pois é. E coloca “vem de longe” nisso… Em 1835 o naturalista Peter Wilhelm Lund, conhecido como o pai da paleontologia brasileira veio lá dos países nórdicos, da Dinamarca, chegou a Lagoa Santa e descobriu a Gruta da Lapinha. Nas cavernas da região – e aí incluindo a Lapinha -, ele descobriu mais de 12 mil peças fósseis que permitiram escrever a história do período pleistoceno brasileiro – o mais recente na escala geológica – numa época em que o passado paleontológico era quase desconhecido pela ciência.
Peter Lund ficou deslumbrado pela a beleza da Gruta da Lapinha que encanta os muitos visitantes de todas as partes do planeta, que vão até lá todo ano.
Considerada uma das sete maravilhas da Estrada Real, a Gruta da Lapinha juntamente com as Grutas Rei do Mato e Maquiné fazem parte da Rota das Grutas Peter Lund.
A Gruta da Lapinha fica no Parque do Sumidouro em Lagoa Santa e tem como característica principal as marcas de um rio subterrâneo – a gruta foi formada a partir de rochas calcárias formadas pelos restos marinhos do fundo do mar raso da bacia do rio das Velhas, de restos que foram acumulados em camadas superpostas e trabalhados pela erosão provocada pelas correntes marinhas e aéreas. É mesmo de se surpreender em encantadores 40 metros de profundidade e 511 metros de extensão, dos quais 300 são visitáveis.
Em uma viagem ao interior da Terra é possível visitar 12 salões iluminados por led que deixam qualquer um, no mínimo, muito impressionado. Alguns desses salões são interligados por escadas esculpidas nas rochas ou feitas em metal.
Estes salões, as galerias e os labirintos são de extraordinária beleza e foram batizados de acordo com as imagens que sugerem, por exemplo: Véu da Noiva, Cascata de Luz, Salão de das Cortinas, Couve-Flor, Presépio e Sino.
Então é isso: uma maravilha que além do que foi falado aqui você pode apreciar por essas imagens e visitar Circuitando por aí! a 50 km de BH. Garantimos que a visita traz sempre uma nova descoberta a quem volta e uma encantadora e surpreendente experiência a quem vai pela primeira vez! O que podemos dizer é: permita-se conhecer a Gruta da Lapinha e se presentear com uma experiência única!
Clique aqui para se informar sobre as regras de visitação.
Fotos: Mineiros na Estrada
* Devido à regras de isolamento devido à COVID-19 a visitação da Gruta encontra-se suspesa, mas já anote na sua agenda para visitar assim que retornar a receber visitas.
Por Narly Simões